Colocar catéter intravenoso em idosos é um grande desafio
Por Suprevida
Colocar um catéter intravenoso é rotina em todo hospital, clínica médica ou para idosos. Só que em algumas situações esse pode ser um grande desafio, como é o caso da turma da terceira idade.
O envelhecimento leva a mudanças na pele, na parede dos casos sanguíneos e mesmo na circulação, o que pode causar uma série de problema, tornando-se um desafio até para quem já tem bastante experiência no assunto.
Com o passar dos anos, a pele perde tônus e elasticidade e fica mais e mais frágil. Você dá deve ter notado que a pele do idoso quase sempre é fina como um papel, por isso, mais suscetível de ser machucada por qualquer coisa, especialmente por uma agulha. Se por acaso ela vier a lesionar um vasinho e o sangramento acontecer abaixo da pele, o sangue se espalha por aquela região (depois ela vai ficar roxa), reduzindo o acesso aos locais onde é possível fazer o acesso intravenoso.
Outro problema: a perda da gordura do tecido subcutâneo – aquela que fica abaixo da camada mais superficial da pele – faz com que as veias fiquem menos estáveis e, acredite, saiam do lugar, tornando não só mais difícil inserir um catéter como fazendo com que haja mais chance de a veia ficar machucada e de o idoso acabar ficando com um hematoma.
Sistema de defesa mais fraco
Não é só a pele dos idosos que fica mais frágil. O sistema de defesa também. Mais: muitos deles convivem com problemas médicos. Juntas, essas duas situações fazem com que a pessoa idosa tenha mais risco de ter uma infecção. Por isso, é ainda mais desafiador a colocação de um catéter intravenoso nesse grupo, pois é preciso manter uma excelente higienização do equipamento e das mãos, para evitar que alguma bactéria penetre na corrente sanguínea pela agulha.
Uma das dicas importantes é também evitar esfregar a pele fragilizada do idoso antes da inserção da agulha, pois uma leve fricção pode abrir caminho para a invasão de microrganismos.
Atenção: nos idosos, os sinais e os sintomas de uma infecção podem não ser aqueles típicos.
Cheque se eles estão, por exemplo, se sentindo extremamente cansados, se estão com alguma confusão mental ou com taquicardia ou falta de apetite.
Dicas essenciais
Eis algumas dicas essenciais para reduzir os riscos na hora da aplicação de um catéter intravenoso:
• Seja delicado para evitar que a veia seja lesionada. Uma dica é usar um torniquete, que faz que a veia fique dilatada, tornando mais fácil a aplicação do catéter. Mas não prenda o torniquete apertado demais!
• Procure usar o menor catéter possível, geralmente equipado com uma agulha menor e mais fina.
• Muita calma nessa hora. Idosos requerem mais atenção e cuidados. Pressa, nessa hora, só vai prejudicá-los.
• Se por acaso você provocou algum tipo de sangramento sob a pele, aplique pressão sobre o local por um tempo um pouco maior do que o recomendado para uma pessoa mais jovem. O sangue de pessoas idosas leva um pouco mais de tempo para coagular, claro, se elas não estiverem usando nenhum remédio anticoagulante.
• Mantenha o catéter preso com uma cobertura transparente, o que vai possibilitar que se observe o local onde ele foi inserido. Atenção a se o local ficar vermelho, inchado ou estiver dolorido demais! Se perceber algum desses sinais, chame o médico.
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