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Um paciente deitado no leito de um hospital com um acesso venoso na mão direita. Ao lado um profissional, médico ou enfermeiro, segurando o seu ombro.


Paciente acamado: complicações e problemas de saúde


O que pode acontecer quando alguém fica muito tempo acamado?

 

Infelizmente, às vezes a vida nos obriga a passar um longo tempo acamado – muitas vezes, para o resto da vida. Desde que o corpo humano foi feito para se mexer, ficar inativo sobre uma cama pode trazer vários problemas. Alguns deles, inclusive, começam depois de apenas alguns dias de imobilidade.

Muitos desses problemas, entretanto, podem se minimizados e aliviados com a ajuda de um fisioterapeuta ou de um fisiatra e com suplementação nutricional. Quanto mais cedo o trabalho de fisioterapia começar, mais fácil será reduzir os efeitos do confinamento ao leito sobre o corpo.

 

Conheça os mais importantes:

 

1. Perda de massa muscular

 

Quando os músculos não são usados para sustentar o corpo na posição vertical, contra a força da gravidade, eles rapidamente começam a ficar enfraquecidos e atrofiar. É por isso que muitos astronautas que passam longo tempo no espaço, quando voltam, saem da nave em uma cadeira de rodas.

No caso de quem fica na cama, a musculatura do pescoço, do abdômen, das coxas e panturrilhas, da lombar e dos glúteos são as mais afetadas. Estima-se que depois de uma semana na cama, perde-se 20% da força muscular. Depois de 3 a 5 semanas deitado, a perda pode chegar a 50%. Junto com alterações que também acontecem nos nervos, a perda da força muscular vai afetar o equilíbrio e a coordenação, aumentando as chances de uma queda depois que a pessoa sai da cama.

Em idosos, a deterioração muscular, que é normal, é ainda mais acelerada se eles estão acamados.

 

 

2. Enfraquecimento dos ossos

 

Ficar acamado também leva à queda da densidade mineral dos ossos. A ossatura das pernas é a mais afetada.

 

 

3. Coração e pulmões trabalham melhor quando você está em pé

 

Acredite, assim como os músculos, o sistema cardiovascular trabalha melhor quando você está em pé, “lutando” contra a força da gravidade.

Passar muito tempo deitado leva o coração a bater mais depressa, mas o volume de sangue bombeado é menor. O sangue também fica mais grosso, aumentando o risco de formação de coágulos que podem levar a uma trombose nas pernas ou a uma embolia pulmonar.

Como a musculatura não está trabalhando, também não trabalha para ajudar os pulmões a se livrarem do excesso de fluidos que se formam dentro deles. A posição horizontal é ruim para o corpo, pois fica mais difícil para os pulmões se expandirem. Mesmo a tosse, que também é um mecanismo que o corpo tem de expulsar algo que entrou pelas vias erradas, fica menos potente e efetiva. Com isso, o muco e os fluidos formados nos pulmões têm mais dificuldade de serem expelidos.

Por isso, estar acamado aumenta o risco de pneumonias e de uma condição conhecida como atelectasia. Como os pulmões têm mais dificuldade de se expandir, eles vão murchando e podem entrar em colapso.

 

4. Úlceras por pressão

 

É a condição mais comum em quem se pega acamado por um longo tempo. A pressão do corpo sobre a cama, aliada ao fato de que o suprimento de sangue já não é tão eficiente, pode levar a feridas bem sérias.

 

 

5. Excreção fica mais complicada

 

A imobilidade leva à constipação por vários motivos: os movimentos do trato digestório, que faz com que as fezes caminhem em direção ao reto, fica diminuído, assim como cai a ingestão de líquidos. E mais, o apetite cai, por isso a má nutrição é algo comum em quem está de cama. Não raro, estar acamado também leva à incontinência urinária.


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