Ondas cerebrais oferecem insights sobre lutas relacionadas ao autismo
Por Robert Preidt
Ondas cerebrais mais rasas que o normal, podem ter um papel importante nos problemas de sono de crianças com autismo, sugere um novo estudo.
Pesquisas anteriores mostraram que entre 40% e 80% das crianças com autismo têm problemas de sono, como problemas para adormecer ou acordar frequentemente durante a noite e acordar cedo.
Esses problemas podem ser desafios significativos para as crianças e suas famílias.
Identificar as causas desses distúrbios do sono é um passo importante para encontrar maneiras de amenizá-los, de acordo com pesquisadores da Universidade Ben-Gurion do Negev, em Israel.
Para o estudo, os pesquisadores registraram a atividade cerebral de 29 crianças com autismo e 23 crianças sem autismo durante uma noite inteira de sono.
"Pela primeira vez, descobrimos que crianças com problemas mais sérios de sono mostraram atividade cerebral que indica mais sono superficial e superficial", disse o líder do estudo Ilan Dinstein, chefe do Centro Nacional de Pesquisa sobre Autismo de Israel.
O sono normal começa com períodos de sono profundo marcados por ondas cerebrais lentas de alta amplitude, explicaram os autores do estudo em um comunicado de imprensa da universidade.
Mas este estudo descobriu que as ondas cerebrais de crianças com autismo são, em média, 25% mais fracas (rasas) do que as de crianças sem autismo.
Isso indica que as crianças com autismo têm problemas para entrar no sono profundo, o aspecto mais crucial para conseguir descanso e rejuvenescimento, de acordo com o relatório publicado recentemente na revista Sleep.
O próximo passo é determinar maneiras de promover um sono mais profundo e ondas cerebrais maiores em crianças com autismo, disseram os pesquisadores.
Isso pode incluir aumento da atividade física, terapia comportamental e tratamento medicamentoso, como maconha medicinal, sugeriu a equipe.