Música pode ajudar na saúde do coração
Por Robert Preidt
A música influencia as frequências cardíacas das pessoas, e uma música afeta os corações das pessoas de maneira diferente, mostra um novo e pequeno estudo. As descobertas podem levar a novos tratamentos sem drogas para condições como pressão alta e distúrbios do ritmo cardíaco, ou para ajudar as pessoas a relaxar ou permanecer alerta, disseram os pesquisadores. Estudos anteriores que examinaram respostas físicas à música mediram mudanças na frequência cardíaca depois que os participantes ouviram gravações simplesmente categorizadas como tristes, felizes, calmas ou violentas.
Este novo estudo de três pacientes com insuficiência cardíaca leve que requerem marcapasso adotou uma abordagem mais direcionada. Durante um concerto de piano clássico ao vivo, os pesquisadores usaram os marcapasso dos pacientes para medir a atividade elétrica de seus corações durante mudanças significativas no andamento, volume ou ritmo.
"Usamos métodos precisos para registrar a resposta do coração à música e descobrimos que o que é calmante para uma pessoa pode ser excitante para outra", disse Elaine Chew, pesquisadora sênior do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica, em Paris. "Mesmo que duas pessoas possam ter mudanças estatisticamente significativas na mesma transição musical, suas respostas podem ir em direções opostas. Portanto, para uma pessoa, a transição musical é relaxante, enquanto para outra é provocadora ou indutora de estresse", disse Chew.
Por exemplo, alguém que não espera uma transição de música suave para alta pode achar isso estressante, enquanto outra pessoa pode achar relaxante.
O pequeno estudo foi apresentado recentemente na reunião virtual da Sociedade Europeia de Cardiologia. A pesquisa apresentada nas reuniões é normalmente considerada preliminar até ser publicada em uma revista revisada por pares.
"Ao entender como o coração de um indivíduo reage às mudanças musicais, planejamos criar intervenções musicais personalizadas para obter a resposta desejada", disse Chew em um comunicado de imprensa da sociedade.
Pier Lambiase, professor de cardiologia na University College London, no Reino Unido, era o líder médico do estudo. Ele disse que intervenções personalizadas podem ser usadas para reduzir a pressão arterial ou diminuir o risco de distúrbios do ritmo cardíaco sem os efeitos colaterais da medicação.
Os pesquisadores estão agora realizando testes com oito pacientes para confirmar ainda mais suas descobertas.
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