Segmento de cuidados com a saúde tem boom no Brasil
Por Suprevida
Ajudar a resolver questões ligadas à saúde das pessoas é uma grande oportunidade para investidores e empresários. No Brasil, ainda mais. As desigualdades de acesso a serviços de saúde, altos custos e até ineficiência dos serviços oferecidos abriram campo para o surgimento de novos modelos de negócio ligados aos cuidados com a saúde, a maioria deles no campo digital.
Um estudo feito pela aceleradora corporativa Liga Ventures apontou que, hoje, há mais de 250 startups focadas em saúde no país. De buscadores de clínicas, hospitais e profissionais, agendamento automático de consultas, sistemas de gestão para consultórios e laboratórios a marketplaces de medicamentos e equipamentos médicos, parece que todos os temas ligados à saúde ganharam a atenção de empresários e pessoas dispostas a investir no universo digital brasileiro.
Só para que se tenha uma ideia, um levantamento feito em 2017 pela Associação Latino-Americana de Private Equity & Venture Capital (LAVCA) apontou que o healthtech, ou seja, aplicação de tecnologia na saúde, foi o segundo mercado de tecnologia que mais cresceu na América Latina, com um boom estimado em 250% entre 2016 e 2017.
O segmento de cuidados com a saúde – o famoso healthcare – é um setor complexo, que envolve e contecta fabricantes, intermediários, distribuidores, fornecedores, profissionais de saúde e, claro, pacientes ou pessoas que estão cuidando de algum ente querido com alguma condição médica. Conheça alguns modelos de negócios que estão florescendo:
Consultórios
Quase 75% da população brasileira só tem acesso aos serviços públicos de saúde. Entretanto, conseguir uma consulta médica ou exame é quase sempre um sacrifício, que pode demorar meses. Foi o que levou ao surgimento de uma série de modelos de negócio cujo objetivo é oferecer baixo preço e rapidez – especialmente para o público da terceira idade, que necessidade dela.
Pioneira no segmento, o Dr Consulta hoje conta com mais de 51 clínicas e diz ter mais de 1 milhão de pacientes.
E-commerce
Mesmo com o cenário de crise, dados da Compre&Confie apontam que o comércio eletrônico cresceu 23% no primeiro trimestre de 2019. Saúde e perfumaria caíram nas graças do brasileiro e hoje são os segmentos que mais vendem online no país. Ainda que o número de pedidos virtuais tenham explodido, saúde ainda ocupa a 6a posição no ranking dos maiores faturamentos, com 6,2%, segundo reportagem da Exame. A revista aponta, no entanto, que a expectativa é de crescimento exponencial nos próximos anos.
Marketplaces
Muitas startups estão apostando num modelo de negócios de plataformas online para fazer a ponte entre fornecedores e/ou empresas e instituições médicas ou particulares que estão cuidando de um ente querido em casa, diz artigo do DCI. Por exemplo, há negócios que cobram mensalidades para que vendedores coloquem seus produtos na plataforma. Isso facilita a busca de pequenas clínicas por fornecedores, mas também de pessoas com algum familiar doente.
Aplicativos
Dê uma busca no Google Play ou na App Store em saúde e você encontrará dezenas de novos aplicativos nacionais voltados ao segmento. Um dos motivos é a grande prevalência de doenças como hipertensão e diabetes e o altíssimo número de usuários de smartphones no país.
Há desde apps que ajudam no controle da glicemia e da hipertensão àqueles que ajudam na administração da dose correta de insulina.
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