Quedas na terceira idade e os perigos para o idoso
Quedas na terceira idade são problema mundial
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) projetam que em 2050 haverá duas vezes mais idosos do que crianças de até 5 anos de idade no país. Com o aumento da expectativa de vida no mundo, cresce também a preocupação com a saúde dessa população.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as quedas são a primeira causa de acidentes em idosos. Em seu Relatório Global sobre Prevenção de Quedas em Idosos, a OMS aponta que entre 28% e 35% das pessoas acima de 65 anos caem ao menos uma vez ao ano. A incidência cresce para aqueles com 70 anos ou mais: de 32% a 42% se acidentam pelo menos uma vez ao ano.
São um milhão de fraturas de fêmur no mundo, 600 mil só no Brasil, sendo 90% resultantes de quedas. Um estudo publicado na Acta Ortopédica Brasileira mostrou que as fraturas de fêmur decorrentes de quedas têm um enorme impacto nessa população, com taxas de mortalidade que podem chegar a quase 25% dois anos depois do acidente. Esses números ajudam a dar a dimensão do problema.
Medo de cair de novo
As quedas são um dos problemas que mais interferem na qualidade de vida do idoso, podendo causar lesões que geralmente exigem internação hospitalar e acarretam um alto custo financeiro para o próprio idoso ou para a sua família. Mais do que isso, podem levar o idoso a passar um bom tempo acamado, agravando outras condições que porventura ele possa ter e aumentando as chances de infecção hospitalar ou de trombose devido à imobilidade.
Outra situação comum é o medo de voltar a cair. O pavor de muitos idosos é tão grande que a condição ganhou o nome de Síndrome Pós-Queda. Muitos deles ficam tão inseguros e deprimidos que acabam perdendo a capacidade de andar sem o uso de acessórios como bengalas ou cadeira de rodas. Outros, sequer conseguem voltar a ter confiança de ficar em pé novamente.
Causas
Inúmeras são as causas de quedas. Conheça as mais importantes:
1. Fatores biológicos – Não há como negar que com a idade há o declínio de algumas capacidades físicas e cognitivas, que podem favorecer um acidente. Além disso, algumas doenças crônicas podem debilitar o corpo do idoso, tornando-o mais suscetível a um tombo.
2. Fatores comportamentais – Acredite, o abuso de álcool vem crescendo no país. Dados do último Levantamento Nacional de Álcool e Drogas aponta que 7% dos brasileiros acima de 60 anos toma pelo menos uma dose de álcool por dia. Além disso, muitos deles fazem uso de medicamentos que, misturados ou não aos drinques, podem aumentar as chances de uma queda.
3. Fatores Ambientais – Os acidentes acontecem em casa ou fora dela. Dentro de casa, tapetes escorregadios, degraus estreitos e falta de boa iluminação no quarto estão entre os fatores de risco mais conhecidos. Já as péssimas condições das calçadas estão entre o grande fator de risco externo.
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