O exercício pode ajudar seu coração, acalmando o cérebro: estudo

Você sabe que o exercício é ótimo para a saúde cardiovascular, mas novas pesquisas sugerem que o cérebro tem muito a ver com isso.

É tudo uma questão de capacidade da atividade física de reduzir os níveis de estresse no cérebro, explicou uma equipe do Massachusetts General Hospital (MGH), em Boston.

Reforçando essa descoberta, o estudo descobriu que o exercício trouxe os maiores benefícios cardíacos para pessoas com histórico de depressão.

“A atividade física foi aproximadamente duas vezes mais eficaz na redução do risco de doenças cardiovasculares entre aqueles com depressão”, observou o principal autor do estudo, Dr. Ahmed Tawakol. Ele é investigador e cardiologista no Centro de Pesquisa de Imagens Cardiovasculares do MGH.

O estudo foi publicado no Journal of the American College of Cardiology.

Na pesquisa, a equipe de Tawakol analisou uma média de 10 anos de dados sobre mais de 50.000 pessoas inscritas no banco de dados do Mass General Brigham Biobank. Todos os participantes mantiveram registros de sua atividade física.

Um subconjunto de 774 também foi submetido a exames cerebrais e outros testes que medem a atividade cerebral ligada ao estresse.

Ao longo da década de acompanhamento, quase 13% dos participantes desenvolveram doenças cardíacas, relataram os pesquisadores.

No entanto, as pessoas que atendiam às recomendações padrão para atividade física tinham 23% menos probabilidade de receber tal diagnóstico.

Esses indivíduos também tinham significativamente menos atividade cerebral associada ao estresse do que as pessoas que se exercitavam menos, descobriu a equipe de Tawakol.

Especificamente, pessoas mais aptas tendem a ter maior atividade no centro de tomada de decisões e controle de impulsos do cérebro, o córtex pré-frontal. Esta área é conhecida por exercer algum controle sobre os centros de estresse do cérebro, explicou a equipe de Boston.

No geral, parece que a redução dos níveis de estresse tem um grande papel a desempenhar na melhoria da saúde cardíaca, disseram os pesquisadores. O fato de os exercícios parecerem ajudar especialmente as pessoas com histórico de depressão reforçou essa noção.

“Os efeitos na atividade cerebral relacionada ao estresse podem explicar esta nova observação”, disse Tawakol em um comunicado à imprensa do MGH.

Ele acredita que os médicos deveriam mencionar a conexão cérebro-coração sempre que aconselharem os pacientes sobre os benefícios do exercício.

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Escrito por: Ernie Mundell