Meias de compressão: prevenção na hora de voar
Por que você tem de usar meias de compressão quando vai viajar de avião
Todo mundo já passou por isso: fazer uma viagem de avião longa e chegar com as pernas e pés tão inchados que o sapato mal cabe. Viagens longas de avião, infelizmente, não são boas para a circulação sanguínea.
Não se trata apenas do desconforto de não conseguir vestir o calçado quando você desembarca, mas do risco real de ter uma trombose venosa profunda. Essa é uma condição pouca falada, mas que põe em risco muitos passageiros regulares de avião. E é causada justamente porque o sangue tende a ficar aprisionado nas pernas e nas extremidades dos membros inferiores por causa da ação da gravidade e da falta de movimentação do corpo. Resultado: ele forma coágulos.
Quanto mais tempo sentado, maiores as chances de um passageiro desenvolver coágulos nas veias profundas da perna – aquelas que não são visíveis a olho nu. Os riscos são ainda maiores se o turista tem mais de 40 anos, é mulher, é mulher e toma anticoncepcional, é obeso, tem varizes ou é fumante.
A trombose venosa não tem nada a ver com a pressurização da cabine nem com a altitude, é importante lembrar, mas com a pouca mobilidade durante a viagem. Só para que se tenha uma ideia, um estudo de 2011 aponta que os riscos de trombone venosa variam entre 3% e 12% em viagens longas pelo ar.
Além da dor e do incômodo, a trombose venosa carrega outro risco ainda maior – o do embolismo. Se um coágulo se desprende do local onde ele foi formado e é carregado pela corrente sanguínea, ele pode chegar às veias do pulmão, entupindo-as e podendo resultar em morte.
Não há dados no Brasil, mas nos Estados Unidos, os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC) estimam que de 1 a 2 a cada 1000 americanos são afetados por trombone venosa profunda e embolismo e um quarto deles morre.
Reconhecendo os sintomas
Quase metade das pessoas que tem uma trombose venosa profunda não tem sintoma algum, mas algumas, sim. Veja os mais comuns:
Trombose:
- pele quente e vermelha
- dor impossível de explicar
- inchaço bem pronunciado nas pernas ou nos braços
- Embolia pulmonar
- Frequência cardíaca alta e dificuldade para respirar
- desconforto no peito
- tosse com sangue
Meias de compressão
O uso de meias de compressão, aliadas a medidas preventivas como o levantar-se regularmente da cadeira e movimentar pernas e pés, são uma das medidas preventivas mais eficazes contra a formação de coágulos e de uma embolia.
A pressão graduada da meia – maior mais próxima do tornozelo e menor à medida que se aproxima do joelho – estimula o retorno do sangue sem que haja risco de ele ficar “empoçado” nas pernas. Há vários tipos de meias de compressão, com pressão que variam bastante. Para voos de avião – longos, é bom dizer – basta uma cuja pressão varia entre 14 e 14 mmg de Hg (você encontra a indicação de pressão na embalagem da meia).
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