Healthtech: o setor que mais cresce no país
Por Suprevida
A pandemia do novo coronavírus trouxe incertezas para diversos setores e, querendo ou não, impactou o mundo das startups. No entanto, o setor de healthtechs caminha contra a correnteza e o investimento feito nele é 10% maior do que o investimento feito no mesmo período no ano passado. De acordo com o estudo Inside Healthtech, do Distrito, foram registradas 42 rodadas de investimentos na área entre janeiro e outubro.
Atualmente, o Brasil conta com 577 healthtechs em operação. Elas são divididas em nove categorias: Gestão e PEP (Prontuários Eletrônicos) (145 startups – 25,1%), Acesso à Informação (99 startups – 17,1%), Marketplace (75 startups – 12,9%), Telemedicina (64 startups – 11,1%), Farmacêutica e Diagnóstico (57 startups – 9,8%), Relacionamento com Pacientes (41 startups – 7,1%), Medical Devices (38 startups – 6,5%), AI & Big Data (37 startups – 6,2%)e Wearables & IoT (22 startups – 3,8%).
Assim como acontece em diversos setores, o estado de São Paulo concentra a maior quantidade de startups do país – um total de 261 startups. Em segundo lugar, ficam os estados de Minas Gerais (72 startups), Rio de Janeiro (51 startups) e Rio Grande do Sul (48 startups).
2020: O ANO DO INVESTIMENTO EM HEALTHTECHS
A busca por serviços e atendimento online durante a pandemia tem contribuído para que as healthtechs se tornassem o centro das atenções no ano de 2020. Com isso, US$ 93 milhões foram investidos em startups desse setor – um aumento de 49% em relação ao mesmo período de 2019 (aproximadamente US$ 67 milhões), segundo o estudo Inside Healthtech.
Em outubro desse ano, US$ 24.8 milhões foram investidos em healthtechs, enquanto no mesmo período em 2019, o investimento foi de US$ 7.3 milhões – um crescimento de mais de 235%.
Veja abaixo os investimentos por categoria e volume de investimento, em dólares:
1 – Acesso à Informação: US$ 37.3 milhões;
2 – Medical devices: US$ 13 milhões;
3 – Gestão e PEP: US$ 12.5 milhões;
4 – Telemedicina: US$ 11.9 milhões;
5 – Marketplace: US$ 9.7 milhões;
6 – Relacionamento com pacientes: US$ 8.1 milhões;
7 – AI & Big Data: US$ 555 mil;
8 – Farmacêutica e diagnóstico: US$ 445 mil.
Já está claro que esse ano está sendo o ano do setor da saúde. O terceiro trimestre de 2020 recebeu número e volume recorde de investimento: ao todo foram mais de US$ 21 milhões investidos. Consequentemente, o volume investido ultrapassou 31% do volume do ano passado: de US$ 41.9 bilhões, o montante foi para US$ 55 bilhões.
Em relação aos investimentos, o número também aumentou: ao todo foram 4.078 rodadas de investimento desde o início de 2020.
Healthtechs que atuam em planos de saúde também têm crescido. Desde 2018, seis novas empresas surgiram no mercado, na subcategoria de Plano de Saúde. Mais de US$ 43 milhões foram investidos nestas startups desde 2015 por meio de 20 rodadas de investimento.
Pelos números apresentados, o futuro das healthtechs é claro: consolidação e crescimento contínuo. Grande parte da população está se adaptando às novas formas de consultas e acompanhamentos médicos e, para sua própria conveniência e comodidade, os pacientes continuaram recorrendo à essas novas tecnologias.
Assim como já aconteceu no passado com diversas empresas durante transformações, a mudança é necessária para se encaixar nos novos hábitos e comportamentos do público-alvo. Consultórios, clínicas, hospitais e/ou profissionais da saúde que se recusarem a entrar no jogo, estarão fadadas ao esquecimento e ao fracasso.
Referências:
Todos os dados usados neste artigo foram retirados do estudo Inside Health feito pelo Distrito, publicado em 12 de novembro de 2020.
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