Diabetes na terceira idade: dicas e cuidados
Dicas para lidar com o diabetes de idosos
Quando falamos de idosos, nos referimos a um grupo muito heterogêneo – desde aqueles que são praticamente atletas, tendo uma grande independência, praticando esportes, se alimentando bem, àqueles que, por algum motivo, são obrigados a permanecer em uma cama.
A diabetes do idoso também varia bastante, a começar pela idade em que a doença se desenvolve. Com o envelhecer, as células produtoras de insulina já não funcionam tão bem, o que significa que menos insulina é liberada quando se come algo. Além disso, o organismo também pode ficar resistente à insulina, ou seja, as células ficam com dificuldade de usar o açúcar como combustível. Somadas, essas duas condições podem levar ao desenvolvimento do diabetes 2.
O risco desse tipo de diabetes também cresce com a obesidade, com a falta de atividade física e com a perda de massa muscular, que geralmente acompanham a longevidade.
Um dos grandes problemas da doença no idoso é que ela muitas vezes não é percebida, porque os sintomas podem ser não específicos, como falta de energia, confusão, quedas, infecção no trato urinário e tontura. Com isso, o idoso pode ficar anos até que o diagnóstico seja feito, aumentando o risco do surgimento de outras doenças decorrentes do diabetes e até mesmo de morte. Por isso, fique atento aos mínimos sinais que o organismo do seu ente querido possa estar lhe dando.
Estas orientações podem ser muito úteis, especialmente se você vive com um idoso diabético.
1. Controle glicêmico
O controle das taxas de açúcar do sangue é a medida mais importante para evitar complicações no futuro. Em idosos, entretanto, hipoglicemia severa ou hiperglicemia persistente são bastante prejudiciais. A hipoglicemia, por exemplo, poderá causar vários efeitos adversos, como quedas, redução da capacidade cognitiva, depressão e até mesmo arritmia cardíaca.
Isso certamente será levado em conta quando o médico decidir quais são as glicemias que o paciente da terceira idade deverá perseguir. Essas taxas de açúcar sanguíneo, chamadas de glicemia-alvo, são decididas pelo médico de acordo com a condição de cada um, ou seja, são individualizadas.
Para diabéticos com expectativa de vida limitada, o mais importante é preservar a capacidade cognitiva, muito mais do que apenas bater as metas de controle glicêmico.
2. Proteja a pele
É fundamental fazer uso de um bom hidratante diariamente. A pele do idoso é mais seca e fina, aumentando os riscos de pequenas feridas e, consequentemente, de infecções. Uma boa verificação diária dos braços, pernas e pés é essencial.
3. Vacine-se anualmente
A vacina contra gripe é importantíssima para a turma da melhor idade. Pessoas com diabetes – especiamente idosos – são mais suscetíveis a terem complicações decorrentes da gripe, como infecções nos ouvidos ou até mesmo no coração, a chamada miocardite. Isso pode resultar em hospitalização e até mesmo a morte.
4. Visita anual ao dentista
Diabéticos têm mais risco de virem a sofrer problemas nos dentes e gengivas, como gengivite e periodontite. A visita regular ao dentista é importantíssima, evitando possível perda de dentes ou outras complicações mais graves.
5. Observe os pés com cuidado diariamente
Uma das complicações do diabetes é a perda de sensibilidade nas extremidades do corpo , principalmente nos pés. A observações diária dos pés, especialmente entre os dedos, pode evitar que uma infecção se alastre.
6. Atividade física
Nem todo idoso é independente o suficiente para caminhar ou correr. Não importa. Se ele não está acamado e tem condições para tal, é importante se exercitar - ainda que sejam sessões de fisioterapia, alongamento ou pilates. Manter-se fisicamente ativo ajuda no controle da glicemia.
7. Outros exames
De todas as complicações que a diabetes pode trazer, poucos se lembram dos problemas cardíacos. A doença eleva o risco de infarto e insuficiência.
Praticar atividades físicas, realizar exames periódicos de colesterol, teste de esforço, pressão, entre outros, são essenciais. Só para que se tenha uma ideia, a Associação Americana de Diabetes recomenda o uso de estatina – remédio que baixa o colesterol – a todo diabético acima de 40 anos, ainda que ele não tenha problemas de colesterol. A ideia é prevenir que o coração venha a falhar. Isso mostra o quanto cuidar dele é importantíssimo.
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