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Cuidador: a profissão que mais cresce no Brasil


Cuidador: a profissão que mais cresce no Brasil


Por Suprevida

O Brasil envelhece a passos largos. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) retratam isso muito bem. De 2012 para cá, o país ganhou 4,8 milhões de novos idosos, um aumento de 18% nessa faixa etária.

O crescimento desse grupo populacional é tão acelerado que o IBGE estima que o número de pessoas com 65 anos ou mais triplique até 2060. Se em 2018 9,2% dos brasileiros eram idosos, em 40 anos 25,5% da população brasileira deverá ter acima de 65 anos.

Para se ter uma ideia do que isso significa, basta compararmos com o crescimento da população de jovens. Hoje, o grupo de crianças até 14 anos representa 21% do total de brasileiros. Em, 2060, elas serão apenas 15% da população.

Essa mudança na pirâmide demográfica está sendo ainda mais acelerada por fatores culturais. O primeiro deles é a redução do número de casamentos e o aumento no número de divórcios no mundo.

No Brasil, a pesquisa Estatísticas do Registro Civil, realizada pelo IBGE, aponta uma diminuição de 1,6% no número de casamentos entre 2017 e 2018, enquanto o número de divórcios cresceu o dobro: 3,2%.

Não só pessoas acima de 50 anos terão menos probabilidade de ter um companheiro ou companheira que cuide deles mais à frente como seus filhos adultos podem ser obrigados a ter de escolher qual dos pais eles vão cuidar quando eles envelhecerem, diz uma reportagem da revista Forbes.

Outra tendência vista no mundo todo – Brasil inclusive – é o aumento do número de casais que decide não ter filho. Somado à queda da taxa de fecundidade para 1,7 filho por mulher em 2019, de acordo com o Fundo de Populações das Nações Unidas, deveremos ter em breve um salto no número de idosos sem filhos.

Quem cuidará de nós?
O crescimento da população idosa e a mudança de comportamento no que se refere ao casamento e a filhos traz uma série de desafios. Quem está cuidando desse grupo populacional que não para de crescer? E quem cuidará de nós quando envelhecermos?

A verdade é que qualquer um pode ser um cuidador. Pode ser o companheiro ou a companheira, se o idoso é casado. Pode ser algum parente próximo ou distante, um amigo, o vizinho, ou seja, qualquer um que tenha uma relação com a pessoa que ela vai ajudar.

Um cuidador pode ser alguém que leva o idoso ao médico, alguém que cuida ou supervisiona a limpeza da casa, as compras de supermercado. Esses são  atividades básicas de um cuidador. Mas nós não estamos qualificados – poucas são as exceções  – para cuidar de tarefas mais complexas relacionadas à saúde e, ainda que estivéssemos, temos o nosso trabalho, a nossa família e a nossa rotina para dar conta. Por isso, ter um profissional que esteja à frente dessas tarefas e que esteja preparado para isso tornou-se essencial.

Dada a alta demanda por esse tipo de serviço, não é por acaso que o interesse pela profissão de cuidador tenha explodido nos últimos anos. O Centro Brasileiro de Cursos (Cebrac) teve aumento de 84% na procura por seu curso de formação de cuidadores em 2018 quando comparado a 2017, ano em que a disciplina foi inaugurada, de acordo com reportagem do Valor Investe, site de investimentos do Valor Econômico.

No SENAC, outra instituição que oferece o curso, desde 2015 houve um aumento de 40% na procura pelo curso.

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) confirma o aquecimento desse mercado: em 2007, eram 5.263 os cuidadores cadastrados. Em 2017, o número saltou para 34.051, aumento de 547% em 10 anos.

Segundo dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), divulgados em 2018 pelo Ministério do Trabalho, a atividade ultrapassou a de professor de educação infantil, que passou a figurar em segundo lugar. 

O que faz o cuidador?
Boa parte das vezes, a necessidade de um cuidador é desencadeada por um grande evento de saúde, como um AVC, infarto ou uma queda que leva o idoso a ter de ficar imobilizado por um bom tempo. Ou então, quando você nota que os lapsos de memória do seu ente querido estão se tornando perigosos.

Com raríssimas exceções, nós somos treinados para executar uma ampla gama de tarefas que são solicitadas a um cuidador.  O cuidador é um profissional capacitado a lidar com esse tipo de situação, bem como:

  • Comprar mantimentos, cozinhar, limpar a casa, lavar a roupa
  • Ajudar quem precisa a se vestir, tomar banho, tomar remédios
  • Transferir alguém da cama ou da cadeira, por exemplo, para uma cadeira de rodas
  • Ajudar com fisioterapia
  • Realizar procedimentos médicos mais simples como dar injeções trocar o tubo de alimentação, realizar tratamento de feridas etc. Muitos cuidadores são também enfermeiros, podendo realizar procedimentos mais complexos
  • Organizar consultas médicas, levar quem necessita ao médico e monitorar a compra de medicamentos
  • Conversar com médicos, enfermeiros e família para entender o que precisa ser feito
  • Lidar com finanças e outros assuntos legais
  • E, claro, ser uma companhia

Regulamentação da profissão ainda é alvo de polêmica
Apesar do crescimento estrondoso na busca por cursos e também por profissionais capacitados, a profissão de cuidador ainda não é regulamentada. O assunto tramita no Congresso Nacional há mais de dez anos, segundo reportagem da Fiocruz.

Em maio de 2019, o Plenário do Senado aprovou um projeto de lei que regulamentava a profissão. De acordo com o texto, esses profissionais deveriam ter o ensino fundamental completo e curso de qualificação na área, além de idade mínima de 18 anos, bons antecedentes criminais e atestados de aptidão física e mental.

E proibia, segundo o Senado Notícias, a administração de medicação que não fosse por via oral nem orientada por prescrição médica por esses profissionais, assim como procedimentos de complexidade técnica.

Em julho, entretanto, o presidente Jair Bolsonaro decidiu vetar integralmente o projeto justamente porque, segundo ele, criava condicionantes para a profissão, restringindo o livre exercício profissional garantido pela Constituição. Seria, portanto, inconstitucional.

Entre as condicionantes, de acordo com o presidente, estavam a exigência de ensino fundamental completo, curso de qualificação na área, idade mínima de 18 anos, entre outros.

Em outubro de 2019, de acordo com a Agência Câmara, o Congresso Nacional manteve o veto total do presidente ao Projeto de Lei 1385/07 sobre a regulamentação da profissão.

Com o adiamento da regulamentação, não há regras claras sobre a formação mínima que deveria ser exigida dos interessados em ser cuidador nem qual seria o conteúdo obrigatório dos cursos. Os defensores da regulamentação se posicionaram fortemente contra o veto:  “É totalmente equivocado. Se fosse inconstitucional criar profissões, nenhuma profissão existiria”, disse o professor-pesquisador da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz) Daniel Groisman ao site da instituição.

Para Ana Gilda Soares dos Santos, presidente da Associação dos Cuidadores da Pessoa Idosa, da Saúde Mental e com Deficiência do Estado do Rio de Janeiro (Acierj), o veto tira a oportunidade de qualificação e de uma educação continuada, pois o cuidado não é um trabalho banal.

O veto à regulamentação da profissão vai na contramão de diversos países do mundo, que passaram inclusive a desenvolver políticas públicas voltadas aos idosos que incluem o cuidador, como é o caso de Portugal.


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