Classificação dos tecidos: tecido viável
Por Suprevida
Para que o tratamento adequado seja escolhido, o profissional deve avaliar o paciente levando em consideração suas condições físicas e as características da lesão, como tamanho, forma, profundidade, margens, características do exsudato e os tipos de tecidos.
[Leia mais: Exsudato: o que é e para que serve?]
Tecido viável (granulação, epitelização, músculo e tecido subcutâneo)
O tecido viável é formado no processo de cicatrização, reconstituindo a área lesionada. É classificado em granulação, epitelização, músculo e tecido subcutâneo.
Granulação
A granulação é caracterizada por um tecido úmido granulado vermelho ou rosa, composto de novos vasos sanguíneos, tecido conjuntivo, fibroblastos e células inflamatórios. Ele cobre uma ferida aberta quando ela começa a cicatrizar. Ele apresenta aumento de permeabilidade nas novas junções capilares com grande saída de hemácias (elementos sanguíneos), água, eletrólitos e proteínas, que contribuem para uma cicatrização saudável da pele. Sua função é formar a cicatriz no reparo da ferida.
Epitelização
As primeiras 24 a 36 horas depois da lesão são dedicadas a estimulação da proliferação de células do epitélio, criando uma barreira protetora. Os queratinócitos presentes na pele sintetizam diversas citocinas que estimulam a cicatrização das feridas cutâneas.
A partir das bordas, as células epiteliais migram sobre a área com sangue da ferida e dos folículos pilosos (pelos) próximos, o que induz a contratação e a regeneração da pele do local, reduzindo sua superfície. Por este motivo, quando nos machucamos e a lesão é grande, percebemos que ela diminui de tamanho conforme o processo de cicatrização avança.
A epitelização envolve uma sequência de alterações nos queratinócitos da ferida: separação, migração, proliferação, diferenciação e estratificação.
[Leia mais: Tudo sobre feridas]
Músculo
O tecido muscular é caracterizado por ser capaz de se contrair segundo alguns estímulos claros e utilizar uma molécula orgânica responsável pelo armazenamento de energia nas suas ligações químicas – o ATP –, e também por ser capaz de responder a um estímulo nervoso.
O músculo tem as seguintes funções: movimento do corpo, movimento das substâncias dentro do corpo, estabilização das posições do corpo e regulação do volume dos órgãos e produção de calor.
Existem três tipos de tecidos musculares: liso, estriado esquelético e estriado cardíaco.
- Tecido muscular liso: possui células fusiformes (células com corpo aproximadamente cilíndrico, mas com extremidades alongadas e afiliadas), núcleo único e central e não tem estriações;
- Tecido muscular estriado esquelético: possui células multinucleadas (células com mais de um núcleo), núcleo periférico e tem estriações no citoplasma;
- Tecido muscular estriado cardíaco: possui células uni ou binucleadas (células com um ou dois núcleos), núcleo central, estriações no citoplasma e apresenta disco intercalar.
Tecido subcutâneo (hipoderme)
A nossa pele é formada por duas camadas: epiderme e derme. O tecido subcutâneo fica abaixo da derme e sua espessura varia de acordo com a região do corpo e sexo da pessoa.
Apesar de estar próximo das camadas da pele, o tecido subcutâneo não é uma delas. No entanto, ela é ligada a derme e sua ligação é estabelecida por fibras de elastina e colágeno.
As funções da hipoderme são: reserva de energia, defesa contra choques físicos, isolante térmico e conexão com músculos e ossos.
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