Síndrome metabólica e o risco de câncer colorretal
Síndrome metabólica aumenta risco de câncer colorretal
A síndrome metabólica é caracterizada por um conjunto de diferentes ameaças, que incluem pressão e triglicérides altos, o bom colesterol em falta (o chamado HDL), grande quantidade de glicose (açúcar) no sangue e barriga proeminente. Qualquer pessoa que tem duas ou mais dessas condições tem síndrome metabólica.
Juntas, essas ameaças aumentam em muito as probabilidades de uma série de problemas, entre eles doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e vários tipos de câncer, entre eles o colorretal. O grande problema, dizem os especialistas, é que a incidência de síndrome metabólica vem crescendo em todo o mundo por causa do aumento da obesidade e de um estilo de vida sedentário. Com isso, afirmam eles, é praticamente certo que veremos também uma elevação do número de casos de tumores colorretais.
Mas por que essas duas condições estão ligadas? Ainda não existem provas conclusivas, mas sabe-se que várias das ameaças da síndrome metabólica estão ligadas a maiores chances de alguém ter câncer colorretal. Por exemplo: estudos revelaram que a circunferência do abdome, indicador de obesidade abdominal aumenta o risco desse tipo de tumor. Outros indicativos apontam que a obesidade também é um fator de risco.
A resistência à insulina, outras das condições comum de quem tem síndrome metabólica é mais um fator de risco para o câncer no intestino e no reto. Resistência à insulina é mais ou menos assim, numa analogia simples. No nosso corpo, a glicose resultante da digestão dos alimentos precisa entrar nas células a fim de que seja usada para gerar energia para nos mantermos vivos.
A glicose precisa de uma chave para abrir a “porta” das células. A insulina é a chave que abre essa porta. Se você tem a chave, mas a fechadura está quebrada ou a chave não gira quando colocada na fechadura, a porta não abre e a glicose não entra na célula. Isso é o que se chama de resistência à insulina – você tem bastante insulina disponível, mas ela não funciona direito. A resistência à insulina é o primeiro passo para a diabetes se instalar.
Também já se mostrou que altos níveis de açúcar no sangue – acima de 140 mg/d aumenta o risco em 1,29 vez o risco para qualquer tipo de câncer.
Ou seja, vários dos componentes que dão origem à síndrome metabólica estão associados ao desenvolvimento de tumores colorretais. Só não se sabe ainda é se o efeito de cada um deles – por exemplo, a resistência à insulina, a obesidade ou a barriga proeminente – se soma ao do outro.
De qualquer forma, explicam os especialistas, é preciso prevenir os fatores de risco. Mudanças no estilo de vida para uma dieta mais saudável e menos calórica, redução de peso e prática de atividade física são essenciais para evitar no apenas a síndrome metabólica, mas também o câncer colorretal.
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