Efeito de fim de semana afeta as chances de sobrevivência para pacientes rurais com AVC

Por Robert Preidt

Pacientes com derrame têm um risco maior de morte se forem internados em um hospital rural no fim de semana, descobriu um novo estudo.

Pesquisadores da Universidade da Geórgia analisaram dados de 2016 sobre mortes por derrame em hospitais dos EUA para saber se o chamado "efeito de fim de semana" influenciou os resultados do derrame.

"O efeito de fim de semana é o fenômeno em que o risco de resultados ruins ou adversos, como a mortalidade em nosso estudo, aumenta para aqueles que são admitidos no hospital no fim de semana em vez de um dia de semana", disse o autor principal Birook Mekonnen, que foi um estudante de graduação na Faculdade de Saúde Pública quando a pesquisa foi realizada.

Houve evidências para apoiar o efeito do fim de semana em todos os hospitais. Mas os resultados foram especialmente ruins para pacientes rurais que tiveram derrames hemorrágicos (sangramento) em um fim de semana, em oposição aos derrames isquêmicos (causados ​​por fluxo sanguíneo bloqueado para o cérebro).

Mas a hora da semana pode ser apenas um fator nos resultados desfavoráveis ​​para pacientes rurais com AVC, de acordo com o co-autor do estudo Donglan Zhang, professor assistente de política de saúde e gestão em saúde pública.

Zhang observou que os hospitais rurais tendem a ter menos recursos, incluindo especialistas em AVC e equipamentos para casos particularmente graves. Eles também atendem a uma área mais ampla e não é incomum para os pacientes rurais estarem a mais de uma hora de carro do hospital mais próximo.

Os pesquisadores disseram que uma maneira de proteger os pacientes com AVC do efeito do fim de semana é investir em telemedicina. Eles observaram que mais hospitais rurais estão aderindo às redes de teleatendimento, permitindo que se conectem com especialistas e colaborem no tratamento de pacientes com AVC.

Mekonnen aconselhou as pessoas que estão em risco de derrame ou outros problemas graves de saúde a examinar as opções de telemedicina disponíveis. "Esta pode ser a nova norma", disse ele em um comunicado à imprensa da universidade.

Os resultados foram publicados na edição de outubro do Journal of Stroke & Cerebrovascular Diseases.